APRENDER COM O PASSADO PARA CONSTRUIR O FUTURO
UPG-UNIÃO PATRIÓTICA GUINEENSE
COMUNICADO À
IMPRENSA
Passados cem dias
após a tomada de posse do novo governo democráticamente e constitucionalmente
eleito, resultado da escolha livre e
transparente do Povo Guineense, resultante de um processo exemplar de
compromisso politico, vem a UPG-União
Patriótica Guineense, no exercício do seu papel de uma oposição responsável,
consciente e construtiva, não esquecendo a difícil e frágil conjuntura política, económica e
social que o País vive , sendo que no contexto internacional, hoje, a Guiné
Bissau, é um País que deve ser obrigatóriamente apoiado para que os novos
Governantes possam pôr o Interesse Nacional e a Reconciliação entre os
Guineenses acima de todos outros interesses que caracterizaram e marcaram a
política na Guiné Bissau, passados 40 anos desde a independencia até hoje,
diziamos, vem a UPG-União Patriótoca Guineense, alertar o Governo e aconselhar
no sentido de:
1)Não permitir que a Dignidade e a Honra dos Guineenses sejam postos em causa como
outrora, secundarizando-nos e denegrindo a imagem da Guiné e dos Guineenses,
como por exemplo quando lutavamos honrosamente pela nossa identidade e
soberania, desrespeitando-nos com afirmações desprestigiantes “terrorristas” e
citando o nosso País sempre pela negativa, como se de um qualquer “Planeta de
Macacos”, se tratasse com todo o respeito pela obra cinematográfica.
Hoje e face à terrivel ameaça que o mundo
enfrenta relativamente ao Ébola, não tendo o seu epicentro sido no nosso País e
que graças a Deus até hoje não registou nenhum caso confirmado pela própria
OMS.
Dada ainda a interacção globalizante do planeta, qualquer País é
vulneràvel à entrada do Ébola, como aliàs já se verificou na Europa e nos
Estados Unidos. Deste modo, afirmar que o Èbola pode chegar a Portugal tendo
como porta de entrada a Guiné Bissau, parece-nos ser uma afirmacão alarmante,
de má fé, exagerada e descontextualizada.
De
acordo com dirigentes da OMS, é
improvável a transmissão do vírus em países como a Guiné-Bissau e Costa do
Marfim, isto quando os nossos amigos
e parceiros Portugueses, inadimissivelmente, dizem o contrário contribuíndo
assim para a discriminação e a perseguição de cidadões Guineenses por este
Mundo fora. Mais uma vez e lamentavelmente, vemos o nome da nossa Pátria
em manchete pela negativa.
Senhores governantes Guineenses, por favor, não
permitam que sejemos tratados assim.
Se as autoridades sanitárias Portuguesas
sabem por que porta entrará o Ébola em Portugal, que dêem a receita preventiva
aos Americanos e aos outros Países Europeus
e aos próprios Guineenses, para que a Guiné-Bissau não se constitua como
um perigo para Portugal e prestem assim um serviço honroso ao Mundo. Para nós UPG-União Patriótica Guineense, pensamos que será mais construtivo, e ainda
no quadro de um relacionamento saúdavel e profícuo, não referirmos que a porta
de entrada do vírus será este ou aquele País e continuarmos a trabalhar, apesar
dos nossos parcos meios, para o objectivo comum que é travar a entrada desta
epídemia, como temos conseguindo fazê-lo até agora graças a Deus. A UPG agradece toda e qualquer ajuda de todos
os que estão disponiveis para o fazer, mas gostariamos que fosse de uma forma
descomplexada e natural. Aproveita ainda para pedir ao Primeiro Ministro que crie condições
urgentes, para que as ajudas destinadas ao èbola não se esbarrem com a
burocracia das tramitações aduaneiras, ou seja, tome medidas para a rápida
saída das alfandegas desses produtos.
2)A UPG-União
Patriótica Guineense, tem vindo a
acompanhar, particularmente, com muita apreensão e preocupação a situação dos
nossos estudantes Guineenses na Rússia e
Marrocos, constactando que a falta de informacão suficiente, prestada ao
Mundo na defesa dos nossos interesses, e ainda resultado de algumas declaracões
alarmantes sobre o nosso País, nomeadamente pelas autoridades Portuguesas,
levaram a que o espectro da existência do Ébola no nosso País tenha criado
inúmeras dificuldades à alguns cidadões Guineenses, espalhados por este Mundo
fora, registando-se inclusivé, nalguns casos ameaças às suas próprias vidas.
Por achar oportuno antes que a situação venha a atingir nivéis catastróficos,
vem a UPG, aconselhar o Governo a informar ainda mais e a tomar medidas mais
esclarecedoras relativamente a esta epidimia no País, conjuntamente com as
autoridades OMS, Russas e do Reino de Marrocos por forma a clarificar e a
desentoxicar a opinião pública desses Países e Internacional, enfatizando que
até hoje não se registou felizmente nenhum caso de Ébola na Guiné Bissau e
ainda, que os nossos cidadões e os
estrangeiros são restraiados à saída e a entrada do País.
3)A UPG-União
Patriótica Guineense, acompanhou à
assinatura do acordo, pelas autoridades Portuguesas e Guineenses da retoma dos
vôos da TAP, suspensos unilateralmente no caso dos turcos, anunciada para 28 de
Outubro do presente ano, pretenção da qual duvidou logo à partida tendo
conhecimento que tem das dificuldades que a companhia Portuguesa
atravessa, complicando-se com a falsa
questão do Èbola na Guiné que julgamos será aproveitada também para justificar
o incumprimento do acordo. Contudo, mesmo assim, esperou para ver como S. Tomé.
Mais uma vez estavamos certos senhor Primeiro Ministro, apesar de acreditarmos
na boa vontade da parte Portuguesa era prevísivel o seu incumprimento dada as
dificuldades operacionais que são do domínio público por que atravessa a
transportadora aérea portuguesa, seria ainda de esperar que a TAP face a estas
dificuldades crescentes, defende-se 1º os seus interesses e os de Portugal, por
isso pensamos que chegou a hora de a Guiné fazer o mesmo e voar com as suas
próprias asas, termos a nossa própria companhia aérea Senhor Primeiro Ministro.
Tal como nós, sabe que é perfeitamente possível a resolução de forma estrutural
deste problema com a criação de uma companhia de bandeira Guineense,um conselho
não perfile por soluções que servem apenas os interesses Portugueses, em vez da
TAP outra companhia Portuguesa, não perca por isso mais tempo em assinatura de
acordos ou pedidos de justificações que não serão cumpridos, ou que o seu
cumprimento dependerão da vontade e timings de conviniência de outros, crie uma
companhia de aviação Nacional e resolverá este problema definitivamente.
Gostariamos
de terminar exortando o actual Governo e os novos líderes deste País, para que
sejam intransigentes na defesa da nossa
Pátria, dos Guineenses e deixarem os velhos hàbitos de ajustes de contas e
perseguições de lado que se têm verificando, pois foi dessa forma que durante
40 anos o País foi conduzido e todos nós temos à vista o resultado.
Desejando-vos ainda coragem, abnegação e boa sorte nesta tarefa dificil que é a
condução desta nossa Terra Guiné Bissau.
DEUS
PROTEJA E ABENÇÕE A GUINÉ BISSAU
UPG-União Patriótica Guineense